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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Meu processo de modelagem e outros trabalhos de 2010

Ano passado eu estava preocupada basicamente em encontrar minha técnica de modelagem do corpo feminino em argila, usando como modelo imagens do meu próprio corpo. Não são exatamente auto-retratos, mas sim estudos do corpo como presença volumétrica e espacial - em termos de escultóricos. 

Escolhi estudar o meu próprio corpo por uma razão óbvia: facilidade de acesso! Não me incomodo com nú, e pude contar com a ajuda imprescindível do fotógrafo sob pressão Bruno Fernandes (meu namorado). 

Neste trabalho fiz uma espécie de "livre adaptação" de mim mesma. Não queria que se parecesse comigo, então me senti livre para exagerar e mudar características do corpo. O problema é que - considerando meu nível técnico - mesmo não querendo que se pareça comigo, em alguns momentos a "memória tátil" se faz mais forte. Quando encontro um problema de proporção/naturalismo, é essa memória tátil que entra em ação durante o ato de modelar, como uma solução, podendo deixar a peça parecida comigo.






            
Uma das imagens que utilizei como modelo para a escultura acima, rendeu também trabalhos de serigrafia em tecido e uma xilogravura.


 


Na peça abaixo, queria estudar a figura em pé, sem escoras - a estrutura é o próprio corpo. Sempre evito escoras ou volumes auxiliares para sustentar a pose. Penso nisso quando estou posando: de que forma posso distribuir o peso do meu corpo e tornar possível uma escultura "auto-sustentável" dessa pose? Para isso foi necessário um eixo central (bastão de ferro), que permitisse a modelagem vertical. Dá pra notar que eu tentei mudar o rosto, e o corpo ficou mais “idealizado” que o natural.


  

 


Uma foto dessa escultura rendeu também uma xilogravura.


Na escultura abaixo eu decidi tentar reproduzir os volumes do meu corpo o mais fielmente possível. Primeiro eu tentei fazer em escala maior que a natural - grande mesmo - mas as difícildades que apareciam se mostravam igualmente enormes... Então decidi diminuir a escala, para facilitar os consertos e soluções. Funcionou! Num tamanho menor, fica bem mais fácil e rápido consertar o erros. Demorei um tempo nessa peça, acho que mais de 1 mês, mas valeu a pena porque gostei do resultado.


 

     


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